2018, o ano das descobertas

Se a vida é feita de capítulos, o capítulo 29 da minha vida se chama ‘descobertas’. Não só porque esse ano foi o ano de muitos “primeiros”, mas porque aprendi e descobri muitas coisas sobre mim, sobre a vida o universo e tudo mais.

Para começar eu descobri que viajar para fora do Brasil é indescritível:  tem neve!, as coisas no primeiro mundo funcionam de fato e tem aeroporto que é mais perfumado que minha casa (Alô Charles de Gaulle). Descobri que caminhar sobre a neve é MUITO divertido, mas que chuva de neve dói o rosto. Também descobri que a Índia é super barulhenta, mas proporcionalmente incrível.

Descobri podcasts maravilhosos (Gugacast <3), músicas lindas em francês e novos filmes lésbicos com final feliz! Porém, Mamilos ainda é meu podcast favorito, Sandy & Junior continua sendo minha banda mais tocada no Spotify e Carol (2015 dir. Todd Haynes)…

it was Carol she loved and would always love. Oh, in a different way now because she was a different person, and it was like meeting Carol all over again, but it was still Carol and no one else. It would be Carol, in a thousand cities, a thousand houses, in foreign lands where they would go together, in heaven and in hell. (The Price of Salt)

Ainda nesse capítulo descobri que o ditado “quem procura, cura” é uma das verdades absolutas do universo, e é também a forma mais valiosa de acrescentarmos anos a nossa vida. Que poucas palavras são tão aterrorizantes quanto  “câncer”, por mais que venha acompanhada de “descoberto cedo, estágio inicial, tratamento tranquilo, vai ficar tudo bem”. Que a gente encontra forças onde nem sabia que tinha, que a vida passa a ganhar novas perspectivas e que o medo no olhar das pessoas que a gente ama dói mais que qualquer agulhada.

Descobri que anestesias gerais são até bem divertidas, quando a gente acorda está tudo pronto! Que jejum de oito horas é sacanagem, mas nada se compara à dietas restritivas, especialmente de gordura ou sal. Que pasta de amendoim com mel se aprende a gostar e que frutas com leite de coco e aveia saciam qualquer fome.

Descobri que existe um mundo além de Overwatch, que o Windows pode ser divertido novamente, que mesmo em teste cego eu escolho a câmera do Pixel (será mesmo que isso é uma novidade?), que existem muitos canais excelentes no Youtube e que, quando em dúvida, respire fundo e medite.

2018 me ensinou muita coisa como, por exemplo, ser resiliente, ter força, acreditar mais e ter paciência – confesso que ainda estamos trabalhando nesse último. Mas, mais do que nunca, aprendi a aceitar que cada capítulo têm seu ritmo. Que alguns são tão chatos e sem graça enquanto outros são uma montanha russa de emoções. Esse foi cheio de descobertas e não vejo a hora de começar o 30º e ver o que a vida reserva para ele.

Afinal a gente não controla o que a vida nos oferece, mas sempre podemos nos preparar para enfrentar da melhor maneira possível. 2019, estou de peito aberto te esperando.

Até breve 🙂